segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Filme: Girl Interrupted


Descobri o filme Garota Interrompida, por causa de um trabalho da faculdade e logo comecei a refletir sobre muitos aspectos que o filme traz. Quero compartilhar com vocês um dos pontos fortes do filme que é a loucura.
A história do filme é real e conta como Susanna Kaysen  após completar 18 anos se internou em um hospital psiquiátrico influenciada por seus pais e médico, por não querer seguir os padrões da sociedade da década de 60, ou seja, fazer uma boa faculdade e ter comportamentos como outras meninas de sua idade.
Logo que ela se internou foi diagnóstica com Borderline que é um transtorno de personalidade, mas a mesma não se via com essa psicopatologia. Susanna se questionou várias vezes sobre o que é a loucura, porque ela se percebia normal e as pessoas a tratavam como louca.
Este ponto é bem interessante, por que a personagem principal por sair dos padrões da sociedade deve ser considera como louca? Isso não acontece só com ela, por que nós quando estamos sendo nós mesmos somos considerados como anormais ou loucos?
Eu sinto que cada vez mais as pessoas estão querendo criar padrões para a sociedade, como se fossemos produtos feitos em fábricas todos iguais, não nos deixam  mostrar aquilo que é mais profundo e íntimo e acabamos só na superfície.
Já me peguei perguntando será que é estranho pensar sobre isso, talvez eu também seja louca por ter valores que parecem não se coincidirem com a massa, talvez eu só esteja dando vozes aquilo que é só meu.
Na verdade estou viajando em mim, naquilo que ninguém pode tirar. É uma viagem desafiadora, pois se descobrir traz temores é um contato entre eu e eu. Mas, ao mesmo tempo que assusta, floresce, desabrocha sonhos, autoconfiança e segurança para lutar com aquilo que está lá fora.
Na minha opinião ser louco é ter coragem de se aceitar, claro que tem a parte psicopatológica. Entretanto, nem tudo que é diferente tem que ser tratado como estranho.
A sociedade ocidental está cada vez mais sedenta de interiorização, de pessoas que se assumam como são.
Garota Interrompida abre a visão para questões interessantes sobre nosso modo de viver, por que fundo quem sabe o que é insano ou não?


4 comentários:

Manika disse...

Gostei muito da história desse filme e de como a loucura é vista, é bem interessante, vou assisti-lo qualquer dia desses.
-ps. vc escreve muito bem dessa <3 -

Marisa Ferreira disse...

Eu fui diagnosticada com o transtorno de personalidade borderline e, por isso mesmo, este post tocou-me de uma forma especial. Já conheço o Girl, Interrupted há imenso tempo e quando o meu psicólogo e o meu psiquiatra partilharam comigo o meu diagnóstico final, identifiquei-me imediatamente com a Susanna. Pensei logo "mas eu não sou louca". Agora compreendo que a loucura todos temos dentro de nós mas há alguns que sabem lidar melhor com ela do que outros: eu faço parte do grupo que não sabe mas estou a tentar aprender. Ser borderline é ainda uma coisa não muito bem compreendida pela sociedade em geral. "Não são bipolares, então o que são?" Sou louca mas todos somos. O meu problema não é a loucura mas sim a psicose e a neurose que me perseguem!

Venus in Fleurs

Andressa disse...

Obrigada Ninim.

Andressa disse...

Fico feliz que este post tenha tocado em você de alguma forma e que tenha compartilhado comigo um pouco da sua história.
bjs

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