É quase impossível me aventurar em uma leitura sem grifar e rabiscar partes do que estou lendo. Pois, gosto de consultar posteriormente minhas leituras, para saber se continuam a fazer o mesmo sentido.
A leitura de A insustentável leveza do ser acolheu-me em um momento em que precisava adentrar em um outro olhar sobre aspectos da existência humana, pensar além da vivência em que estava inserida.
Kundera tem uma propriedade incrível em escrever sobre o amor. A relação entre o peso e a leveza atribuídos em nossas vivencias, não são necessariamente sofrimento e felicidade.
As questões lançadas pelo autor vão desenvolvendo-se no relato dos quatro personagens. Sendo banhado por questões politicas fortemente influenciadoras na época.
Dentre muitos grifos escolhi estes:
A ausência total de fardo leva o ser humano a se tornar mais leve do que o ar, leva-o a voar, a se distanciar da terra, do ser terrestre, a se tornar semi-real, e leva seus movimentos a ser tão livres como insignificantes.
Poder viver apenas uma vida é como não viver nunca.
Constatava que esse anos eram mais belos na lembrança do que no momento em que foram vividos.
Mas o homem, por ter apenas uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar por meio de experimentos, por isso não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a seus sentimentos.
Para ele, a música é libertadora: ela o liberta da solidão e da clausura, da poeira das bibliotecas, e lhe abre no corpo as portas por onde a alma pode sair para confraternizar.
Se alguém procura o infinito basta fechar os olhos.
Não. Seu drama não era o drama do peso, mas da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo,mas a insustentável leveza do ser.
Muitas vezes nos refugiamos no futuro para escapar do sofrimento.
Os amores são como impérios: desaparecendo a ideia a qual foram construídos morrem com ela.
Todos nós temos a necessidade de ser olhados.
Nunca se poderá determinar com certeza em que medida nosso relacionamento com o outro é o resultado de nossos sentimentos, de nosso amor ou não-amor, de nossa benevolência ou de nosso ódio, em que medida ele é determinado de antemão pelas relações de força entre os indivíduos.
O tempo humano não gira em círculos, mas avança em linha reta. É por isso que o homem não pode ser feliz, pois a felicidade é o desejo da repetição.
Eu não tenho missão. Ninguém tem missão. E é um alivio enorme perceber que somos livres, que não temos missão.
3 comentários:
Esse livro foi extremamente importante na minha formação, na época da faculdade... eu encontrei esse livro na biblioteca e o título me chamou a atenção e eu gostei tanto de lê-lo. Gostei de ler as citações e me deu mais vontade ainda de reler o livro!!!
Beijos!
Oi Andressa! Gostei muito do título desse livro, e a cada citação que você colocou fiquei com vontade de ler, serio. Gostei muito dessas duas: "Para ele, a música é libertadora: ela o liberta da solidão e da clausura, da poeira das bibliotecas, e lhe abre no corpo as portas por onde a alma pode sair para confraternizar." "Se alguém procura o infinito basta fechar os olhos." Vou procurar esse livro por aqui, (: beijos.
http://inicioemcor.blogspot.com.br/
Neireda esse livro é maravilhoso, me apaixonei.
Jana recomendo esse livro. Caso leia, conte-me depois o que achou.
Bjs
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