foto via We heart it
Pincelava o quadro como fazia na vida, com repetitivos movimentos de vai e vem.
Sentia que a imagem intacta na tela movimentava-se mais do que seu dia e brandia tantos alvoroços como nenhuma festa fazia.
Ela contemplava a pintura com meia xícara de café, o quimono percorria suave em seus braços nus, calmos, soltos, entregues naquela viagem interna para dentro do quadro.
Sem perceber deixou o dia lá fora, as buzinas dos carros, o mundo com seus barulhos e ditados pelo puro prazer de entregar-se ao momento, a experiência na tela.
Andressa Giacomini
Andressa Giacomini
4 comentários:
Mas que bela imagem você "desenhou" em seu texto... =)
Belas palavras, me lembrou Lygia Fagundes Telles
A anunciação das mãos num desenho escrito...
Beijos.
Obrigada pessoal pelas palavras em forma de poesia.
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