domingo, 21 de setembro de 2014

A saudade que instala de manhã

photo by me
As telhas irradiavam a luz solar.
Na casa do meu avô me sentia aventureira e segura.
Tinha uma punhado de terra para explorar,
amigos para conversar e
uma vasta rua, propicia para que as brincadeiras rolassem.
Me lembro muito bem de encontrar meu avô na paz,
no balançar da rede.
Aquela cena me adentrava e acalmava.
A cidadezinha ia se transformando em meu próprio mundo,
ali encontrava tudo que precisava, se me machucava tinha palavras
sábias na rede para confortar.
As lembranças doces da época um pouco atrás, parecem querer criar asas,
me dominar nas manhãs mornas, quando deitada começo a reviver um pedaço
de mim.
A saudade aperta pelo que vivi e não pude viver.
Sinto falta de ter meus avós por mais tempo comigo,
poderia ter aprendido um tanto mais.
Mas, talvez eu não teria essa consciência e nem a saudade doce que a partida traz.
Andressa Giacomini

2 comentários:

Albuquerque disse...

Sútil, doce e doloroso. Li ouvindo Yann Tiersen, Le moulin, indescritível a perspectiva e intensidade que tive e senti *-*

Belas palavras.
xoxoxo

Andressa disse...

obrigada, fiquei emocionada com seu comentário.

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