A umidade revelava o absorver de água que aquela parede era capaz de aguentar. Inchada, o mofo sinalizava o que já não conseguia ocultar.
Não havia farsas, camadas de pinturas, papel de parede florido, móveis decorados que tirassem o foco de suas marcas, ressaltadas, descascadas pela ação do tempo.
E como era bonito, harmônico, quando o mofo, as cascas ganhavam asas e dançavam pela sala. Sem medo ganhavam formas, e aceitavam sua mutação de uma parede lisa ao constante desmanche dos dias.
Andressa Giacomini
terça-feira, 21 de junho de 2016
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1 comentários:
A dança da imaginação...
Beijos.
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