terça-feira, 7 de junho de 2016

Pausa


Após mais uma tarde de trabalho, na correria dos afazeres e no compasso do relógio , caminhei de volta para casa. O trajeto parecia o mesmo de ontem, anteontem, exceto pela pausa no caminhar.
Subitamente meus pés travaram e não pude sair do lugar. Foi então que meus olhos pregados ao chão, subiram ao encontro do céu.Os pensamentos voltados ao possível descanso no futuro ,deram espaço ao voo dos pássaros, ao céu amarelado, ao horizonte esverdeado.
Um frio percorreu minha barriga, um choque realmente físico de que tudo se vai. Já diz o bordão do senso comum " tudo passa", a "única certeza da vida é a morte".
A morte do dia, da rima, da melodia, da minha vida, do amor, da dor, de tudo que pulsa. E quando o universo deixar de expandir, apenas o tempo continuará a vagar. Com ele não há pausa, volta, avanço, apenas o deixar rolar.

1 comentários:

Graça Pires disse...

Obrigada pelas palavras deixadas no meu "Ortografia". Passarei por aqui outras vezes.
Beijos.

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