quinta-feira, 16 de abril de 2015

As maravilhas de se permitir olhar fora da "caixinha"

foto by me
Gosto de procurar sutilezas escondidas no mundo, como em cenas de filmes em que cada detalhe é de tamanha sensibilidade.
Meus olhos buscam e captam a imagem que me toca profundamente, o céu cor de rosa, um bando de pássaros ao entardecer, uma árvore recheada de flores, ou o próprio sol a se esconder entre as nuvens. O incrível é que o mundo real é cheio de detalhes lindos, esperando para serem olhados e sentido.
Ouvi um pensamento interessante sobre a substituição das janelas pelas televisões. Penso que o homem está se condicionando a olhar dentro da caixinha, como se só lá dentro o mundo existisse. E a janela que simbolizava a abertura para o mundo exterior perdeu sua validade em uma sociedade pronta.
Não sou contra televisões, celulares ou qualquer outra tecnologia. Mas, acredito no poder de  retornarmos a observar o mundo lá fora, não apenas captado por um aparelho eletrônico e sim filtrado por nossos olhos e todos os órgãos do sentido.
Perceber a mesma situação ou fenômeno  como novo. Olhar o mundo de forma aberta para sentir o presente e não com os olhos viciados na rotina ( na mesma rua, no mesmo caminho da quitanda) , traz a magia  perdida nos dias de hoje. Não somos mais surpreendidos, não sentimos a estranheza.
Abrir o corpo, os poros para as vivências discretas que nos acompanham em todos os instantes, estar disposto a presenciar e interagir com o meio, nos coloca como parte do todo, das plantas, dos animais, dos homens, amplamente do universo. E não como um ser superior que se relaciona com o mundo pela exploração e individualismo, e sim em uma relação igualitária.

5 comentários:

Sofia disse...

Concordo em gênero, número e grau. :) Vou tentar aproveitar o feriado pra viver um pouco disso!

Albuquerque disse...

ah... sabe, entrei em dias bem hardcore nos últimos tempos, problemas até o pescoço e tal, aí comecei a dar um ar pra mente, experimentar o mundo, assim, como tu descreveu, e as coisas começaram a desenrolar bem...mas cai na tentação do isolamento e tudo despencou outra vez, acho que é disso que preciso, me permitir este olhar, espairecer.

boas palavras, querida :D
xoxo

Lívia disse...

que delícia de texto : ) aqui onde moro sofro bastante com o individualismo das pessoas. Brasília foi criada com praticamente esse intuito e é muito ruim não ter esse contato tão importante com a vida de outras pessoas, sair e aproveitar o ar livro, aproveitar a companhia das pessoas... bem complicado.
beijos

Tati disse...

Seu texto veio em boa hora, porque estou em uma fase que priorizo muito mais o mundo lá fora do que o mundo dentro da caixinha, principalmente agora que eu e minha família decidimos construir uma casa em um terreno perto de um rio, que temos há anos e não estamos usufruindo dele. Percebemos que nosso lar é no campo, perto da natureza, do rio, dos animais e um pouco fora da cidade. Tem tantas belezas nesse mundo que as pessoas esquecem e não percebem. Ficam maravilhadas com as florestas dos filmes, e às vezes temos essa beleza bem do lado de casa e nem sabemos. Andamos na rua sem nem observas as flores que conseguem crescer até mesmo no meio do asfalto, quando tem uma rachadura. Não percebemos as árvores dançando com o vento. Mas, quando percebemos, nossa vida muda. A admiração pelo mundo é algo lindo, confortante e especial. É uma pena que muita gente não tenha isso dentro de si.


Tatsiology

Andressa disse...

Obrigada pessoal, é muito bom saber que meu texto tocou vocês em algum sentido. <3

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